Finalmente a tão esperada resenha do filme Inferno. Esperei muito por esse filme e estava louca para falar sobre ele.
Como o próprio título diz: essa resenha CONTÉM SPOILERS! Então para quem não gosta de spoiler e não assistiu o filme: recomento que não leia.Mas para quem já assistiu ou quem não liga para spoilers, continue comigo!
Começando a resenha do filme falando um pouco do livro: Quando li o livro e escrevi a resenha, lembro de estar bastante confusa se gostava ou não do livro. Achei o livro extremamente detalhista nas descrições dos lugares aonde a história se passa e fiquei confusa. Mas depois de ler o livro, conforme os meses iam passando (antes do lançamento do filme) a cada vez que eu me lembrava dele, o amava um pouco mais. Quem leu o livro sabe o final, sabe detalhes sobre o vírus, todas as teorias doidas que tem naquelas páginas. Um dia vou escrever um debate sobre o assunto, dando a minha (polêmica) opinião. Adiantando que eu amo Bertrand Zobrist (isso também é polêmico). Mas já tem um debate nesse post e o tema é outro.
Vou dividir a resenha do filme em partes e vou dando minha opinião assim, fica mais fácil para vocês e para mim.
Elenco / Personagem / Atores
Nem preciso dizer que odeio o Tom Hanks e que amo o Ben Foster, certo?
Ben Foster está no elenco de um dos meus filmes preferidos: Bang Bang, você morreu. Eu amo o personagem do Ben nesse filme (Bang Bang, você morreu) e amo a forma como ele atua. Meche muito comigo. Eu consigo sentir o que o personagem sente, consigo sentir a emoção.
Ao contrário do Tom Hanks. Desde que eu assisti o filme O Terminal, eu odeio o Tom Hanks. Vocês já assistiram O Terminal? É o filme mais chato do mundo. Eu assisti, assisti inteiro. Sei do que estou falando. Eu não consigo me emocionar com as atuações desse cara. Eu não sinto nada.
Notaram a diferença? Um ator me faz sentir, o outro não, e no momento (hoje e sempre) eu gosto de senti.
Assistir um dos meus atores preferidos interpretando um vilão que eu aprendi a amar foi uma das melhores experiencias que eu já tive e Inferno me proporcionou isso.
Eu aprendi a amar Bertrand Zobrist, pouco a pouco (sim, eu gosto do personagem, vai ter debate sobre isso, como comentei acima) e quando me peguei amando o personagem, descobri quem o interpretaria no filme e cai de amores por completo.
Emoção. Era o que eu queria com a atuação do Ben e eu consegui. Eu via tudo o que eu queria nos olhos de Bertrand Zobrist quando via Ben Foster na tela do cinema. Isso fez o filme todo valer a pena.
Nunca gostei das atuações do Tom Hanks, pra mim ele tem cara de bobo. Ele não tem expressões faciais boas. Ele não parece tão inteligente quanto Robert Langdon. Desculpem se gostam dele. Mas eu vejo dessa forma. Eu assisto todos esses filmes inspirados em livros do Dan Brown olhando para o Tom Hanks e pensando: "Puta que pariu, ele tem cara de tonto. Nunca na vida que eu ia imaginar o Robert Langdon com essa cara de idiota. Ele é um personagem tão inteligente, não podiam ter escolhido um ator que sabe fazer algo além da cara de bobo do Tom Hanks?" Mas enfim.
Sei que eu sou uma das únicas pessoas do mundo que não gosta do Tom Hanks, minha mãe e minha irmã amam ele, então eu tento entender o lado de quem o acha um bom ator.
Mas não dá para mudar o ator que interpreta o protagonista depois de dois filmes, certo? Certo. Então nem reclamo mais do Tom Hanks, mesmo com aquela cara de idiota, eu já aceitei que ele vai continuar lá.
Amei a escolha do Ben Foster para interpretar Bertrand Zobrist.
Mas o resto do elenco, na minha opinião, podia ser melhor. Principalmente Sienna Brook, mas sobre isso eu vou falar no próximo tópico.
Roteiro/ Mudanças do livro para o filme
Para escrever essa parte do post, vou usar alguns trechos da matéria incrível que encontrei nesse site, primeiro porque não me lembro bem do livro, faz tempo que li e segundo porque de todas as matérias que li sobre as diferenças entre o livro e o filme, essa é a melhor. Lembrando: ALGUNS TRECHOS, dois para ser exata, e ambos creditados e destacados no post, o restante é escrito por mim com base nas minhas opiniões.
Uma das mudanças foi a personagem Sienna. Sienna tem "cabelos louros presos em um rabo de cavalo".
"Aliás, a questão do penteado de Sienna se torna ainda mais controversa se compararmos como a personagem é representada no texto de Dan Brown. Logo no início do livro, descobrimos que a garota usa uma peruca para esconder o crânio inteiramente raspado. Mais tarde descobrimos que ela sofre de eflúgio telógeno, uma doença que causa a queda de cabelos devido ao estresse. No filme, tal problema sequer é mencionado (e apesar de até parecer, a Sienna de Felicity Jones não usa peruca)." (Créditos)
Tenho que admitir que essa mudança eu até esperava. Desde que anunciaram o filme eu soube que Sienna jamais apareceria careca nas telas do cinema. No fundo, no fundo era o que eu mais queria, mas sempre soube que isso não iria rolar. Então nem criei expectativas sobre isso.
Achei muito injusto não ter uma Sienna careca, sabe porque? Isso era importante demais no livro, mas para o filme não significou nada e tiraram. Acho que características assim deveriam ser mantidas.
Outras personagens que mudaram foram a doutora Elizabeth Sinskey, descrita frequentemente como “a mulher de
longos cabelos prateados"; e a agente Vayentha, “a mulher de cabelos
negros e espetados”. Para mim, todas essas características são importantes, mas foram descartadas.
Eu
entendo que não tem como existem uma adaptação cinematográfica
perfeita, exatamente como o livro. Porque é uma ADAPTAÇÃO. É para ser
uma adaptação. Mas acho que te certas coisinhas do livro que deveriam
estar no filme. Sabe? Vou dar um exemplo.
Quem lá leu A Seleção?
Se você já leu vai saber que a protagonista é ruiva. Isso é importante?
Claro que é! Em todos os momentos possíveis a autora do livro deixa
isso bem claro, a personagem é ruiva. Acho que o minimo que os leitores e
fãs de A Seleção merecem (se os livros forem adaptados para o cinema) é
uma atriz ruiva. Não porque quero ser chata, mas sim porque a autora
fala disso sempre que pode nos livros (eu li a trilogia). É uma
característica importante do personagem. Eu nem lembro mais a cor dos
olhos da garota, mas lembro que ela é ruiva. Se eu lembro disso é porque
é importante. De algum modo. E características como essa deveriam ser
mantidas e levadas para os filmes.
Entendo
que algumas mudanças devem ser feitas do livro para torná-lo um filme,
mas a cor do cabelo dos personagens não é algo que tem que ser mudado,
se é uma característica importante, acho que deveria ser mantido.
Lembram
do ruivinho de Harry Potter? O nome me fugiu da memória agora, mas
todos que estão lendo lembram. Então, vocês imaginam outro ator
interpretando o ruivinho? Um menino de cabelos pretos? Ia perder toda a
graça do personagem! Entende aonde eu quero chegar? Existem
características do personagem no livro que deveriam ser seguidas no
filme.
Não
me lembro da descrição física de Bertrand Zobrist, então Ben Foster
para mim é e sempre será a escolha perfeita. Mas se eu reler o livro e
encontrar a descrição desse personagem e achar que Ben Foster é
diferente demais do que está no livro, talvez eu mude de ideia. Mas cada
caso é um caso.
Eu
li A Seleção meses antes de ler Inferno, pela logica eu lembraria
melhor de Inferno. Mas lembro-me que America (protagonista de A Seleção)
é ruiva e não me lembro de Bertrand Zobrist. Na minha opinião isso quer
dizer que: America ser ruiva é importante. A descrição física de
Bertrand Zobrist não é importante, mas suas ideias sim. Porque o que
importa em Bertrand Zobrist são suas ideias e o vírus que criou.
Então qualquer ator poderia interpretá-lo, mas para America, queremos
uma ruiva.
E cabelos são algo tão simples. Pensem comigo: tingir e fazer penteados são coisas fáceis de se fazer. Não é como filmar a morte de alguém pulando do Empire State. Por que mudar os cabelos? As vezes cabelos são apenas detalhes, mas as vezes são OS detalhes e as vezes esses Detalhes (com D maiúsculo) fazem a diferença.
O maldito Final que mudaram
"Tanto no livro como no filme, o grande “plot twist” é o mesmo: Sienna Brooks é revelada como amante do bilionário Bertrand Zobrist e tinha como objetivo secreto encontrar o vírus por conta própria, utilizando para isso a colaboração de Robert Langdon (que de nada desconfiava). Porém, cada versão mostra uma motivação bastante diferente para Sienna e, consequentemente, um desfecho bem distinto para cada história.
No texto de Dan Brown, Sienna é uma seguidora fiel da causa de Zobrist pelo combate à superpopulação, mas muda de ideia quando compreende as verdadeiras intenções do bilionário: criar um vírus que deixaria um terço da população estéril. Ela tenta evitar a propagação, mas acaba descobrindo que o patógeno havia sido liberado dias antes. Após abrir o jogo e pedir desculpas a Langdon, ela é anistiada de seus crimes e se dispõe a ajudar Elizabeth Sinksey a lidar com as consequências do vírus diante da OMS -- não sem antes roubar um beijinho emocionado do professor.
Na versão cinematográfica, Sienna trai a confiança de Langdon e o abandona em Veneza quando descobre que o vírus está escondido em Istambul. Obcecada pela ideia de levar adiante a causa sinistra de Zobrist, ela tenta liberá-lo por conta própria. Após um confronto com Langdon, os agentes da SMI e o Diretor do Consórcio, ela acaba morrendo durante a ação, e a ameaça biológica é contida antes de oferecer qualquer risco à humanidade.O filme termina sem que a real função do vírus criado por Zobrist seja especificada (a ameaça da esterilidade apresentada no livro nem é mencionada). Da maneira mais hollywoodiana possível, o final apresentado na tela é significantemente mais feliz se comparado ao resultado sombrio e fatalista da versão em papel. Embora válida, é uma escolha narrativa questionável que não ajuda a tornar o filme um produto melhor do que o livro." (Créditos)
Preciso dizer algo?
Durante os últimos minutos do filme eu fiquei me retorcendo na cadeira do cinema, torcendo ardentemente para que a droga da caixa contendo o vírus explodir, se romper ou abrir. Mas não. Isso foi muito decepcionante. Fez o filme todo perder a graça.
Debate: Por que mudar o final?
Deixem as opiniões de vocês, vamos discutir o tema. Quando e por que o final de um livro deve ser mudado para a adaptação no cinema? Eu acho que no caso de Inferno, nada, jamais deveria ter sido mudado!
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